Museu Assis Chateubriand

O Museu de Arte Assis Chateaubriand (MAAC) de Campina Grande foi inaugurado em 20 de outubro de 1967, através da Campanha Nacional dos Museus Regionais, idealizada pelo jornalista e empresário Assis Chateaubriand, paraibano da cidade de Umbuzeiro, criador, em 1947, do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP).
A Campanha foi responsável pela fundação de mais dois museus de arte no Nordeste brasileiro: o Museu Regional de Arte de Feira de Santana (1967), na Bahia e o Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (1966), na cidade de Olinda.
Chatô enviou, também, uma coleção para a cidade de São Luís, localizada no acervo de artes visuais do Museu Histórico e Artístico do Maranhão. São frutos, ainda, dessa campanha, no estado de Minas Gerais, na cidade de Araxá, o Museu Dona Beja (1965) e a Galeria Brasiliana (1966), na cidade de Belo Horizonte; no sul, em Porto Alegre, criou a Pinacoteca Rubem Berta, em 1967.

Na cidade de Campina Grande, os preparativos para a inauguração do MAAC tiveram a frente o professor Edvaldo de Souza do Ó, então presidente e reitor da Fundação de Apoio ao Ensino, à Pesquisa e à Extensão (FURNE), instituição designada para administrar o acervo e criadora do MAAC. Edvaldo, juntamente com outras pessoas, não poupou esforços para a concretização dessa empreitada cultural. Vale ressaltar a participação, também do paraibano Drault Ernanny e de seu primeiro diretor, Raul Córdula Filho, artista contemporâneo natural de Campina Grande.


A primeira instalação do MAAC ocorreu no prédio histórico que ocupa atualmente, construído em 1924 para abrigar a primeira escola estadual da cidade de Campina Grande: o Grupo Escolar Solon de Lucena. Edifício cuja estética aborda características estilistas do Ecletismo e Neoclássico - projeto arquitetônico de autoria do italiano Hermenegildo Di Lascio, radicado na época na cidade de João Pessoa, compondo então o patrimônio cultural do museu junto com o acervo de obras de arte existente.


O museu foi transferido, em 1974, para o prédio que atualmente abriga o Museu Histórico de Campina Grande, passando a ocupar, em 1976, o edifício construído pela Prefeitura Municipal de Campina Grande, no Parque Evaldo Cruz (Açude Novo), com projeto de autoria do arquiteto Renato Azevedo.


O MAAC voltou a primeira instalação gradativamente, a partir de 23 de dezembro de 1997, ocasião na qual se montou uma exposição de longa duração com obras da coleção enviada por Chateaubriand, se inaugurou a restauração do prédio histórico e se reabriu a primeira galeria do museu. No segundo semestre de 2007, procedeu-se a conclusão de seu retorno ao edifício do grupo escolar Sólon de Lucena, sob a administração da FURNE, agora chamada Fundação de Apoio ao Ensino, à Pesquisa e à Extensão, exercendo o museu suas funções específicas através das atividades de expografia, documentação e pesquisa museológica, ação educativo-cultural, biblioteca, arquivo institucional (Memória do MAAC) e oficina de conservação e restauração.
A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), criada com a estadualização da Universidade Regional do Nordeste (URNe), instituição que foi mantida pela FURNE, participou da direção do museu entre 1987 e 2007, permanecendo a guarda e administração do MAAC sob a gerência da FURNE, após a estadualização da universidade.
O acervo Museológico ou acervo inicial do MAAC foi conquistado mediante contribuições públicas. Cento e vinte obras de arte foram entregues, em 1967, ao presidente da FURNE, a pedido de Assis Chateaubriand. As doações foram efetuadas por diferentes segmentos da sociedade.

Objetos de diversas técnicas e procedimentos artísticos foram enviados, exemplares de produção de desenho, pintura, escultura, gravura, montagem e colagem, comunicando a linguagem visual da arte de diferentes momentos e artistas do movimento artístico brasileiro do século XIX, com o Academismo Neoclássico, a nova vanguarda dos anos 60 - e de artistas estrangeiros. Peças de autoria de importantes artistas foram selecionadas pela Campanha. Entre os neoclássicos, pinturas do período amadurecido de Pedro Américo, obras de Rodolfo Amoedo, Batista da Costa, Aurélio de Figueiredo; Eliseu Visconti e Antônio Parreiras. Sobre o movimento artístico da Semana de 22, obras de Di Cavalcanti, Antônio Gomide, Ismael Néri, Vicente do Rego Monteiro, Anita Malfatti, um Portinari dos anos 50; dos anos 60: Antônio Dias, Rubens Gerchman, Pedro Escosteguy, entre outros. E artistas da Nova Figuração estrangeira. Participantes da histórica mostra Opinião 65, abstratos, primitivos e outros ícones, mostram um conjunto abrangente da cena brasileira como fonte de pesquisa e documentação e de potenciais para exposição e ação educativo-cultural.


Portando o depoimento do artista Chico Pereira, que dirigiu o MAAC entre 1969 e 1974, com considerações sobre sua importância, comenta que o museu além de ser uma grande conquista, oferecia a possibilidade de se enxergar além dos horizontes locais.
Foi, consequentemente, o primeiro vínculo permanente com a arte brasileira dos últimos 100 anos e o despertar “pelo acervo estrangeiro“ das questões estéticas contemporâneas, permitindo, a partir daí, um questionamento mais profundo do processo criativo e uma reflexão sobre o que fazer para uma atualização adaptada às condições culturais da região. (1979)
Aquisições posteriores se apresentam como acréscimo ao acervo inicial, mediante compra pela FURNE e doação. Por exemplo: peças de artistas que fazem o cenário das artes visuais da região do museu e de outros locais do Brasil e de estrangeiros - das quatro últimas décadas do século XX e início do XXI. Entre os doadores: Jorge Amado, o Banco Central do Brasil, a Associação Internacional de Artistas Plásticos, a Universidade de Guadalajara. Contendo o acervo, atualmente, 566 objetos. Esse acervo é fonte de informação para o estudo da arte brasileira, de significação regional e nacional, e utilizado em exposições no MAAC e fora dele, em estudos de pesquisadores e estudantes da região e de outras localidades.

HORÁRIO DE VISITAÇÃO

Terças-feiras às sextas-feiras das 8h30 às 12h e das 14h às 17h
Sábados das 9h às 12h

FICHA INSTITUCIONAL

FUNDACÃO DE APOIO AO ENSINO, À PESQUISA E À EXTENSÃO - FURNE

MUSEU DE ARTE ASSIS CHATEAUBRIAND – MAAC

 

Severino do Ramo Pinheiro Brasil

Presidente da FURNE

 

José de Arimatéa Souza

Vice Presidente da FURNE

 

Cícero Agostinho Vieira

Secretário do Conselho Diretor da FURNE

 

Silvia Regina da Mota Rocha

Diretora do MAAC da FURNE

 

Andréa Brasil e Assunção Trindade

Secretaria Executiva da FURNE

 

Fabiana de Almeida Araújo

Maria Conceição Geovana Pereira da Silva

Conservação

 

Fabiana de Almeida Araújo

Maria Conceição Geovana Pereira da Silva

Ação educativa

 

Edna Barbosa Leão

Arquivologia

 

Izabel Belmira Couto Rego

Contabilidade

 

Joao Batista Gomes de Sá

Apoio técnico administrativo



Fabiana de Almeida Araújo

Coordenação do Acervo Museológico

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